quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Chuva Ácida – Assunto Muito Cobrado no Enem

No caderno de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias no ENEM são cobradas questões de biologia, química e física. E um conteúdo bastante em alta por ser interdisciplinar é a chuva ácida. Analisaremos aqui suas causas e consequências.
A chuva ácida é uma precipitação de água da atmosfera, da mesma forma que uma chuva normal, porém com pH abaixo de 5,5. Na química, a acidez diz respeito a um pH abaixo de 7, sendo que toda chuva é assim classificada por causa da presença do ácido carbônico. A acidez abaixo de 5,5 ocorre pela produção de ácidos fortes através da hidrólise de gases e partículas ricas em enxofre e azoto reativo. Esses gases são gerados pela queima de combustíveis fósseis e pela oxidação de impurezas sulfurosas contidas em carvão e petróleo.
Para entender melhor a precipitação e o que ela afeta, observe abaixo uma ilustração do ciclo de água.

chuva ácida

Como visto, a água da chuva é formada da evaporação de água da superfície terrestre para a superfície atmosférica e, com isso, a água se mistura com outros gases, formando o excesso de acidez explicado acima.
Quando a água ácida precipita (fenômeno da chuva), ela atinge diversos territórios, causando graves problemas ambientais em todo biossistema.
Em lagos e rios, o pH da água é geralmente em torno de 6,5 e quando entra em contato com pH inferior, desestabiliza o sistema causando a morte de vários seres vivos ali presentes. No solo, a acidificação torna a terra improdutiva e mais propensa à erosão, sendo a causa de desmatamentos e destruição da flora. Nos seres humanos, o acúmulo de dióxido de enxofre causa problemas pulmonares, podendo levar à morte.
chavaacidaOutro problema causado pela chuva ácida é a corrosão de pedra, metal ou tinta, presente nas construções, estátuas e monumentos. Nesse aspecto, vale ressaltar que praticamente todos os materiais se degradam gradualmente quando expostos à chuva e ao vento. Entretanto, a chuva ácida acelera (e muito!) esse processo.
Para evitar a chuva ácida, é importante investir em fontes de energia renováveis e tratamento dos gases industriais. No dia-a-dia, economizar energia é uma ação simples que ajuda a amenizar o problema.
Como deve ter percebido, a chuva ácida pode ser cobrada de vária maneiras no Enem, inclusive na redação.  Portanto, fique atento e não deixe de ir para a prova sem saber todos os detalhes desse problema ambiental.

Biologia no Enem

Moléculas, células e tecidos – Estrutura e fisiologia celular: membrana, citoplasma e núcleo. Divisão celular. Aspectos bioquímicos das estruturas celulares. Aspectos gerais do metabolismo celular. Metabolismo energético: fotossíntese e respiração. Codificação da informação genética. Síntese protéica. Diferenciação celular. Principais tecidos animais e vegetais. Origem e evolução das células. Noções sobre células-tronco, clonagem e tecnologia do DNA recombinante. Aplicações de biotecnologia na produção de alimentos, fármacos e componentes biológicos. Aplicações de tecnologias relacionadas ao DNA a investigações científicas, determinação da paternidade, investigação criminal e identificação de indivíduos. Aspectos éticos relacionados ao desenvolvimento biotecnológico. Biotecnologia e sustentabilidade.
Hereditariedade e diversidade da vida – Princípios básicos que regem a transmissão de características hereditárias. Concepções pré-mendelianas sobre a hereditariedade. Aspectos genéticos do funcionamento do corpo humano. Antígenos e anticorpos. Grupos sangüíneos, transplantes e doenças auto-imunes. Neoplasias e a influência de fatores ambientais. Mutações gênicas e cromossômicas. Aconselhamento genético. Fundamentos genéticos da evolução. Aspectos genéticos da formação e manutenção da diversidade biológica.
Identidade dos seres vivos – Níveis de organização dos seres vivos. Vírus, procariontes e eucariontes. Autótrofos e heterótrofos. Seres unicelulares e pluricelulares. Sistemática e as grandes linhas da evolução dos seres vivos. Tipos de ciclo de vida. Evolução e padrões anatômicos e fisiológicos observados nos seres vivos. Funções vitais dos seres vivos e sua relação com a adaptação desses organismos a diferentes ambientes. Embriologia, anatomia e fisiologia humana. Evolução humana. Biotecnologia e sistemática.
Ecologia e ciências ambientais – Ecossistemas. Fatores bióticos e abióticos. Habitat e nicho ecológico. A comunidade biológica: teia alimentar, sucessão e comunidade clímax. Dinâmica de populações. Interações entre os seres vivos. Ciclos biogeoquímicos. Fluxo de energia no ecossistema. Biogeografia. Biomas brasileiros. Exploração e uso de recursos naturais. Problemas ambientais: mudanças climáticas, efeito estufa; desmatamento; erosão; poluição da água, do solo e do ar. Conservação e recuperação de ecossistemas. Conservação da biodiversidade. Tecnologias ambientais. Noções de saneamento básico. Noções de legislação ambiental: água, florestas, unidades de conservação; biodiversidade.
Origem e evolução da vida – A biologia como ciência: história, métodos, técnicas e experimentação. Hipóteses sobre a origem do Universo, da Terra e dos seres vivos. Teorias de evolução. Explicações pré-darwinistas para a modificação das espécies. A teoria evolutiva de Charles Darwin. Teoria sintética da evolução. Seleção artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e sobre populações humanas.
Qualidade de vida das populações humanas – Aspectos biológicos da pobreza e do desenvolvimento humano. Indicadores sociais, ambientais e econômicos. Índice de desenvolvimento humano. Principais doenças que afetam a população brasileira: caracterização, prevenção e profilaxia. Noções de primeiros socorros. Doenças sexualmente transmissíveis. Aspectos sociais da biologia: uso indevido de drogas; gravidez na adolescência; obesidade. Violência e segurança pública. Exercícios físicos e vida saudável. Aspectos biológicos do desenvolvimento sustentável. Legislação e cidadania.

DNA: A Base Para o Entendimento da Genética

Um dos assuntos mais cobrados em Biologia no Enem é Genética. Pensando nisso, iremos explicar, em uma série de artigos, tudo o que você precisa saber para poder responder a questões desse assunto!
Podemos definir a genética como o ramo da Biologia que estuda os fenômenos relativos à hereditariedade e à variação. Por variação devemos entender qualquer diferença entre membros de uma mesma espécie. O conceito central da genética é o gene, o qual pode ser entendido como segmentos de DNA responsáveis pela determinação e transmissão das características hereditárias de um ser vivo.
E o que seria o DNA? O DNA é um dos tipos de ácido nucleico existentes, denominado ácido desoxirribonucleico, ou seja, trata-se de uma proteína constituída pelo encadeamento de unidades menores. O outro tipo de ácido nucleico é o RNA, ou ácido ribonucleico. Estes dois polímeros são formados pelos nucleotídeos. Por sua vez, cada nucleotídeo é composto por uma molécula de fosfato, uma de açúcar e uma base nitrogenada. Esta base nitrogenada pode ser de dois tipos: púricas ou pirimídicas. No caso do DNA, devemos lembrar que o açúcar que forma seus nucleotídeos é uma pentose, enquanto que as bases do tipo púricas são a adenina (A) e a guanina (G), e as pirimídicas são a citosina (C) e timina (T). Devemos guardar bem estes nomes, pois será o tipo de açúcar e uma base pirimídica que diferenciarão o DNA do RNA.
O DNA é formado por duas cadeias composta por muitos nucleotídeos (cadeias polinucleotídicas), as quais são caracterizadas por serem helicoidais, complementares e antiparalelas, comumente denominada de estrutura em dupla hélice. Como pode ser visto na figura abaixo, a parte externa de cada hélice é formada por uma sucessão de moléculas intercaladas de açúcar e fosfato, enquanto a parte interna das hélices é formada pela união de bases nitrogenadas, formando um par de bases, no qual sempre há uma base púrica ligada a uma base pirimídica por ligações de hidrogênio. Podemos ver que as duas cadeias são complementares porque cada adenina liga-se a uma timina, enquanto que cada citosina liga-se com guanina.
Fonte: http://www.ib.usp.br/evosite/history/dna2.shtml
Fonte: http://www.ib.usp.br
O DNA se duplica por um processo semiconservativo, mediado pela ação da enzima DNA polimerase, a qual é responsável pela quebra das pontes de hidrogênio e separação das cadeias. Nesse entremeio, cada cadeia liga-se a uma sequência complementar a partir do encadeamento de novos nucleotídeos. O resultado é a formação de duas novas cadeias completas, cada uma com metade da molécula de DNA original. Por conta disso o processo é chamado semiconservativo.
Fonte: https://djalmasantos.wordpress.com/page/29/
Fonte: https://djalmasantos.wordpress.com

O Dogma Central da Genética e o RNA

Em nosso primeiro artigo sobre genética explicamos sobre os conceitos básicos para o entendimento desta área de conhecimento. Agora que já sabemos como o DNA se replica, podemos enunciar o dogma central da genética: o DNA, através de sua replicação, transmite características hereditárias e, a partir dos processos de transcrição e tradução, produz as proteínas responsáveis por estas características. Antes de explicarmos com maiores detalhes cada um desses processos, devemos detalhar o que é o RNA.
dogma_central
O RNA, tal qual o DNA, é um polinucleotídeo, porém ele é formado por uma molécula de açúcar (pentose) denominada ribose e há a substituição da base pirimídica timina (T) – presente no DNA – pela uracila (U). A estrutura tridimensional do RNA também difere daquela relativa ao DNA, pois não ocorre a estrutura de dupla hélice, mas sim uma cadeia única de nucleotídeos sem paridade entre bases púricas e pirimídicas.
Diferentemente do DNA, existem três tipos específicos de RNA, cada qual desempenhando um papel no processo de síntese de proteínas: o RNA ribossômico (RNAr) está presente nos ribossomos, estruturas celulares responsáveis pela síntese de proteínas; o RNA mensageiro (RNAm) é responsável por codificar a sequência de aminoácidos das proteínas sintetizadas nos ribossomos; o RNA transportador (RNAt) tem por função combinar-se com aminoácidos disponíveis no hialoplasma e transportá-los para os ribossomos, servindo como “fornecedor” de matéria-prima para a síntese de proteínas.
Agora que sabemos mais sobre o RNA, podemos estudar o processo de transcrição, responsável por sintetizar todos os tipos de RNA a partir do DNA. Ocorrendo no núcleo na célula, estre processo inicia-se na presença de uma enzima, a RNA polimerase, responsável por “romper” as ligações de hidrogênio que ligam as duas cadeias na estrutura do DNA. Uma das hélices do DNA serve de molde e há a formação de uma cadeia complementar com os nucleotídeos do RNA. Após totalmente formada, esta cadeia de RNA se destaca e a molécula de DNA retorna a sua estrutura de dupla hélice. Os diferentes tipos de RNA formados por este processo migram do núcleo para o citoplasma, onde desempenharão suas funções.
RNA2
Para finalizar esse artigo, lembramos que é importante para seus estudos entender e estabelecer as diferenças entre o DNA e o RNA. Procure sintetizar o que foi visto até agora em uma tabela, correlacionando características estruturais de cada molécula e suas funções. Em nosso próximo artigo iremos estabelecer como ocorre a síntese de proteínas a partir do RNA e do processo de tradução.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

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