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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Panorama do Tratamento de Resíduos Sólidos no Brasil

Na semana passada trouxemos a vocês um artigo sobre as diferentes formas de como lidar com o lixo produzido em grandes cidades (veja aqui). Por se tratar de um tema importante na área de Biologia e Geografia, complementamos as informações fornecidas nele com um breve panorama da situação atual sobre o sistema de gestão de resíduos de nosso país.
Sabemos que a maneira de lidar com o lixo é um dos principais caminhos para garantir a proteção ambiental e a preservação de recursos naturais. De acordo com o estudo “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil – 2013”, pode-se afirmar que a gestão de resíduos sólidos tem trazido prejuízos ambientais e econômicos para o país, pois ela ainda apresenta problemas estruturais de implementação e não está presente de maneira uniforme em todas as regiões do país.
Na figura abaixo podemos ver como cada macrorregião foi avaliada quanto à coleta de resíduos sólidos urbanos.
 Índice de Abrangência da Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos (%)
Índice de Abrangência da Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos (%)
Segundo os autores do estudo, este setor ainda necessita de estruturação, gerenciamento e recursos para viabilizar os processos completos e adequados de gerenciamento de resíduos sólidos. De acordo com eles, 58,3% dos resíduos urbanos coletados foram, em 2013, para aterros sanitários, enquanto o montante restante, 41,7%, foi encaminhado para lixões ou aterros controlados. Para esses autores, essas duas formas de tratamento de resíduos pouco se diferenciam entre si, já que ambas não possuem o conjunto de sistemas e medidas necessários para proteção do meio ambiente contra danos e degradações.
Ainda dentro do cenário nacional, a coleta seletiva ainda não se tornou uma prática uniforme, apesar de ser reconhecidamente indispensável para a recuperação dos materiais descartados e posterior reciclagem. De acordo com os idealizadores da pesquisa, sem uma coleta seletiva eficiente, os materiais acabam prejudicados e sem possibilidade de reaproveitamento ou reciclagem.
Conforme explicado, o avanço nesse setor depende de um incentivo fiscal por parte do governo, referente aos materiais recicláveis ou reaproveitáveis, o que forneceria estímulo à indústria transformadora, tornando-a apta a absorver e reinserir, como matéria prima, aquilo que foi descartado como resíduo.

Entenda a Diferença entre Aterro Sanitário e Lixão

Todo vestibulando já está careca de saber que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dá muito valor para os diversos problemas ambientais da atualidade, como por exemplo nas questões de Biologia da prova de Ciências da Natureza.
Dentre os principais problemas, a destinação incorreta e a falta de tratamento do lixo merecem uma atenção especial. Afinal, além de ter o agravante que cada vez produzimos mais lixo, o Brasil está longe de ser “um exemplo a ser seguido”. Mas antes de falar sobre quais atitudes e medidas precisamos adotar para vencer esse enorme desafio (assunto para uma próxima matéria!), é interessante entender a diferença entre lixão e aterro sanitário.
Então vamos lá!

Lixão

Local sem nenhum tipo de preparo para receber os lixos. Neles, o chorume (líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos) pode penetrar o solo e comprometer a água dos lençóis freáticos. Além disso, devido a exposição dos resíduos e a falta de fiscalização, o local acaba atraindo ratos, urubus e moscas, colocando em risco a saúde dos catadores informais que vão em busca dos materiais recicláveis. Veja abaixo uma ilustração que resume bem os problemas dos lixões:
lixao

Aterro Sanitário

Diferentemente do lixão, o aterro sanitário é uma área previamente preparada para receber os resíduos. Nele, é feita a impermeabilização do solo com materiais inertes (como mantas de polietileno e/ou argila), impedindo a contaminação dos lençóis freáticos pelo chorume (que muitas vezes tem sistema que possibilita sua drenagem!). Além da preocupação com o chorume, também é feita a captação do metano, gás liberado no processo de decomposição do lixo e que pode ser utilizado para produzir energia. Muitos aterros têm até acompanhamento constante de diversos profissionais, como geólogos, que monitoram as possíveis falhas que possam trazer algum dano ao meio ambiente. Veja abaixo uma ilustração que resume bem um aterro sanitário:
aterro_sanitario

Antes de encerrar o assunto, vale destacar que temos, podemos assim dizer, uma situação “intermediária”: o aterro controlado. Nele, o chorume não é tratado, mas levado até a superfície, minimizando a contaminação do solo e das águas. Geralmente, uma cobertura de argila ou saibro é feita diariamente, evitando que os resíduos fiquem expostos ao ar livre. Na verdade, os aterros controlados geralmente foram lixões que receberam algumas adaptações para que os danos ao meio ambiente fossem minimizados. Veja uma ilustração de um aterro controlado:
aterro_controlado

Especificadas cada uma das opções de destinação do lixo produzido pelas cidades, podemos resumi-las da seguinte maneira: na falta de tratamentos corretos, como a reciclagem e a compostagem, o aterro sanitário é, seguramente, a melhor opção. Em contrapartida, o lixão é aquele que traz os maiores (e mais sérios!) problemas ambientais. Já o aterro controlado é uma situação intermediária, que visa minimizar os danos causados pela decomposição dos resíduos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Veja Qual o Perfil do Estudante de Biológicas

Para ajudá-los na difícil tarefa da escolha do curso, já publicamos artigos sobre as principais características de um estudante de exatas e humanas. Para encerrar a série “Perfil do Estudante”, hoje falaremos sobre o perfil do estudante de Biológicas.
Os estudantes de biológicas costumam ser curiosos e entusiasmados. A área é bem complexa e abrangente, por isso, é importante que o aluno goste de estudar e ler bastante!
O ambiente de estudo e trabalho é algo muito necessário a se atentar nessa área. Ao fazer um curso de biológicas, será necessário passar por algumas situações como contato com a natureza, animais e/ou corpo humano. Dependendo do curso, uma boa dose de “estômago forte” é bem-vinda.
Durante o curso, há tanto saídas de campo quanto pesquisas dentro de laboratórios. Por causa da multidisciplinaridade da área, ter apreço por várias áreas do conhecimento e por trabalho em equipe com profissionais de diversas áreas também é um perfil desse estudante.
No Brasil, a importância da área é crescente devido a, cada vez maior, preocupação com a sustentabilidade e com a conciliação da biologia com maior desenvolvimento tecnológico, através de pesquisas com neurociência, genética etc.
Alguns cursos dessa área são: biotecnologia, ciência/engenharia dos alimentos, gestão/ciência/engenharia ambiental, biologia, ciência/engenharia biomédica, educação física, enfermagem, farmácia, medicina, fisioterapia, medicina veterinária e psicologia.

Dicas para Interpretação de Gráficos no Enem

Se você já fez questões do Enem, já deve ter percebido que gráficos, infográficos, charges, tabelas e figuras são muito usados nos enunciados das questões. Hoje estudaremos algumas técnicas que ajudam na interpretação dos gráficos, já que essa é uma habilidade que confunde muitos estudantes.
Ao se deparar com um gráfico, o primeiro cuidado a se ter é observar seus elementos básicos, que são:
  • Título: frase curta que sintetiza o assunto do gráfico;

  • Subtítulo: utilizado para explicar o assunto e, geralmente, alguma variável do gráfico;

  • Fonte: identifica a instituição responsável pelos dados apresentados no gráfico. Também pode conter local e data de publicação.
Após identificar os elementos acima, é importante reconhecer as variáveis e unidades de medida, quando houver, em cada eixo do gráfico, o horizontal e o vertical. Vejamos um exemplo:

dados ibge

No caso do gráfico acima, identifiquemos primeiramente os elementos principais:
  • Título: Doenças que mais atingem os idosos

  • Subtítulo: Mais da metade das pessoas com mais de 60 anos tem pressão alta

  • Fonte e data: IBGE 2008.
Agora vamos analisar os eixos e as variáveis representadas neles:
  • Eixo horizontal: Apresenta as doenças. Ex: hipertensão, doença de coluna etc.

  • Eixo vertical: Apresenta a porcentagem de idosos com cada doença. Ex: 0%, 10% etc.
Para identificar o valor de cada doença, é necessário “cruzar” as informações contidas em cada eixo. Por exemplo: doença de coluna atinge aproximadamente 35% dos idosos enquanto asma ou bronquite atinge 5%.
Por último, vamos reconhecer os principais tipos de gráficos existentes:
  • Gráfico em barras: é o caso do gráfico utilizado no exemplo acima.

  • Gráfico em linha: geralmente é utilizado para representar a variação de uma ou mais grandezas em função do tempo.
    grafico linha


  • Gráfico em setores (Gráfico pizza): construído em forma circular, cada ângulo do setor corresponde ao valor de uma variável, podendo apresentar porcentagens ao invés do valor bruto.
    grafico pizza

Siga os passos apresentados aqui para facilitar o entendimento dos gráficos. Atente-se também para relacionar os dados interpretados com o enunciado da questão. Lembre-se que você pode treinar essas dicas resolvendo as questões das edições anteriores do Enem. Para ajudar, utilize nossas Apostilas Preparatórias para o Enem, que contêm mais de mil questões resolvidas e comentadas por professores especialistas no exame!

Estudando Citologia Para o Enem: Introdução

Nesta nova série de artigos iremos revisar alguns conteúdos importantes para o caderno de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Seguindo a divisão clássica da Biologia em áreas específicas, focaremos essa série na parte de Citologia, a qual trata do estudo das células e seus componentes.
Para iniciar nossa revisão, iremos fazer uma gradação, a qual deverá partir do nível macroscópico e chegar ao microscópico. Como os seres vivos apresentam complexa organização, podemos usar nosso corpo de forma a entendê-la melhor: somos formados por diversos sistemas (nervoso e urinário, por exemplo), os quais são constituídos por alguns órgãos (cérebro e bexiga, seguindo o exemplo). Por sua vez, esses órgãos são formados por camadas de células, denominadas de tecido. Um mesmo órgão pode ter mais de um tipo de tecido. Formadoras dos tecidos, as células animais são formadas por estruturas ainda menores: a membrana, o núcleo e o citoplasma. Dentro dessas estruturas há mais uma divisão: os componentes que desempenham funções especializadas, a exemplo a mitocôndria e complexo de Golgi. Para finalizar nossa gradação, podemos dizer que a mitocôndria é formada por moléculas de DNA, as quais são formadas por átomos de elementos específicos.
Utilizando-se o conceito de célula, é possível na Citologia classificar os organismos a partir do número de células que os formam: há organismos unicelulares, os quais consistem em apenas uma célula; os pluricelulares, formados por muitas (de milhares a bilhões) células; e, por fim, os acelulares, grupo representado pelos vírus, que não apresentam organização celular.
Para iniciarmos o estudo da célula animal, veremos as funções da membrana celular (ou membrana plasmática). Primeiramente, esta membrana separa o meio externo de tudo aquilo que compõe a célula, ou seja, o meio intracelular. Sendo formada principalmente por lipídeos e proteínas, esta parte de célula possui permeabilidade seletiva, permitindo a entrada e saída de determinadas substâncias, porém barrando o fluxo de alguns materiais. A partir dessa função ocorrem as interações com outras células e algumas atividades enzimáticas.
Não percam em nosso próximo artigo as outras estruturas importantes para o entendimento do funcionamento da célula animal.

Estudando Citologia Para o Enem: Núcleo Celular

Como visto anteriormente em nosso primeiro artigo desta série sobre Citologia, temos que a célula animal é composta por membrana celular (ou plasmática), núcleo e citoplasma. Neste artigo iremos nos debruçar sobre as funções do núcleo celular.
Esta parte da célula é responsável por coordenar as funções celulares, atuando como um centro de controle. O número de núcleos por célula pode variar de acordo com o reino animal que estudamos. No entanto, a maior parte das células humanas possui um núcleo apenas, sendo denominada de mononucleada. Duas exceções interessantes são as células musculares estriadas, que são multinucleadas, e as hemácias, que são anucleadas (sem núcleo).
A parede celular que a delimita do citoplasma é denominada carioteca, um envoltório de constituição semelhante à membrana celular, ou seja, formado por lipídeos e proteínas. A carioteca é uma membrana dupla porosa, com capacidade de trocar materiais com o citoplasma. Devemos lembrar que os seres vivos que possuem carioteca são denominados eucariontes, enquanto que aqueles que não a possuem, procariontes. Além de ser permeável, a carioteca está ligada ao retículo endoplasmático rugoso, responsável pelo transporte e síntese de proteínas.
Já no interior do núcleo há o nucleoplasma ou cariolinfa, espécie de gel formado por proteínas e água, responsável por abrigar os filamentos de cromatina. Estes filamentos contêm grandes moléculas de DNA com proteínas associadas (histonas). Alguns desses trechos de filamento produzem enorme quantidade de RNA ribossômico – sendo RNA a sigla em inglês para ácido ribonucleico –, contribuindo para a formação do nucléolo. Esta estrutura consiste em uma pequena esfera não membranosa formada por um aglomerado de RNA ribossômico, DNA e proteínas, visível apenas quando a célula não está em processo de divisão. O RNA produzido no nucléolo, em determinadas regiões da cromatina, será um dos principais componentes formadores dos ribossomos, estrutura presente no citoplasma que será abordada num próximo artigo.
Gostou da nossa série de artigos? Então não percam a continuação dela, na qual terminaremos de explicar as estruturas importantes para o funcionamento da célula animal.

Chuva Ácida – Assunto Muito Cobrado no Enem

No caderno de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias no ENEM são cobradas questões de biologia, química e física. E um conteúdo bastante em alta por ser interdisciplinar é a chuva ácida. Analisaremos aqui suas causas e consequências.
A chuva ácida é uma precipitação de água da atmosfera, da mesma forma que uma chuva normal, porém com pH abaixo de 5,5. Na química, a acidez diz respeito a um pH abaixo de 7, sendo que toda chuva é assim classificada por causa da presença do ácido carbônico. A acidez abaixo de 5,5 ocorre pela produção de ácidos fortes através da hidrólise de gases e partículas ricas em enxofre e azoto reativo. Esses gases são gerados pela queima de combustíveis fósseis e pela oxidação de impurezas sulfurosas contidas em carvão e petróleo.
Para entender melhor a precipitação e o que ela afeta, observe abaixo uma ilustração do ciclo de água.

chuva ácida

Como visto, a água da chuva é formada da evaporação de água da superfície terrestre para a superfície atmosférica e, com isso, a água se mistura com outros gases, formando o excesso de acidez explicado acima.
Quando a água ácida precipita (fenômeno da chuva), ela atinge diversos territórios, causando graves problemas ambientais em todo biossistema.
Em lagos e rios, o pH da água é geralmente em torno de 6,5 e quando entra em contato com pH inferior, desestabiliza o sistema causando a morte de vários seres vivos ali presentes. No solo, a acidificação torna a terra improdutiva e mais propensa à erosão, sendo a causa de desmatamentos e destruição da flora. Nos seres humanos, o acúmulo de dióxido de enxofre causa problemas pulmonares, podendo levar à morte.
chavaacidaOutro problema causado pela chuva ácida é a corrosão de pedra, metal ou tinta, presente nas construções, estátuas e monumentos. Nesse aspecto, vale ressaltar que praticamente todos os materiais se degradam gradualmente quando expostos à chuva e ao vento. Entretanto, a chuva ácida acelera (e muito!) esse processo.
Para evitar a chuva ácida, é importante investir em fontes de energia renováveis e tratamento dos gases industriais. No dia-a-dia, economizar energia é uma ação simples que ajuda a amenizar o problema.
Como deve ter percebido, a chuva ácida pode ser cobrada de vária maneiras no Enem, inclusive na redação.  Portanto, fique atento e não deixe de ir para a prova sem saber todos os detalhes desse problema ambiental.

Biologia no Enem

Moléculas, células e tecidos – Estrutura e fisiologia celular: membrana, citoplasma e núcleo. Divisão celular. Aspectos bioquímicos das estruturas celulares. Aspectos gerais do metabolismo celular. Metabolismo energético: fotossíntese e respiração. Codificação da informação genética. Síntese protéica. Diferenciação celular. Principais tecidos animais e vegetais. Origem e evolução das células. Noções sobre células-tronco, clonagem e tecnologia do DNA recombinante. Aplicações de biotecnologia na produção de alimentos, fármacos e componentes biológicos. Aplicações de tecnologias relacionadas ao DNA a investigações científicas, determinação da paternidade, investigação criminal e identificação de indivíduos. Aspectos éticos relacionados ao desenvolvimento biotecnológico. Biotecnologia e sustentabilidade.
Hereditariedade e diversidade da vida – Princípios básicos que regem a transmissão de características hereditárias. Concepções pré-mendelianas sobre a hereditariedade. Aspectos genéticos do funcionamento do corpo humano. Antígenos e anticorpos. Grupos sangüíneos, transplantes e doenças auto-imunes. Neoplasias e a influência de fatores ambientais. Mutações gênicas e cromossômicas. Aconselhamento genético. Fundamentos genéticos da evolução. Aspectos genéticos da formação e manutenção da diversidade biológica.
Identidade dos seres vivos – Níveis de organização dos seres vivos. Vírus, procariontes e eucariontes. Autótrofos e heterótrofos. Seres unicelulares e pluricelulares. Sistemática e as grandes linhas da evolução dos seres vivos. Tipos de ciclo de vida. Evolução e padrões anatômicos e fisiológicos observados nos seres vivos. Funções vitais dos seres vivos e sua relação com a adaptação desses organismos a diferentes ambientes. Embriologia, anatomia e fisiologia humana. Evolução humana. Biotecnologia e sistemática.
Ecologia e ciências ambientais – Ecossistemas. Fatores bióticos e abióticos. Habitat e nicho ecológico. A comunidade biológica: teia alimentar, sucessão e comunidade clímax. Dinâmica de populações. Interações entre os seres vivos. Ciclos biogeoquímicos. Fluxo de energia no ecossistema. Biogeografia. Biomas brasileiros. Exploração e uso de recursos naturais. Problemas ambientais: mudanças climáticas, efeito estufa; desmatamento; erosão; poluição da água, do solo e do ar. Conservação e recuperação de ecossistemas. Conservação da biodiversidade. Tecnologias ambientais. Noções de saneamento básico. Noções de legislação ambiental: água, florestas, unidades de conservação; biodiversidade.
Origem e evolução da vida – A biologia como ciência: história, métodos, técnicas e experimentação. Hipóteses sobre a origem do Universo, da Terra e dos seres vivos. Teorias de evolução. Explicações pré-darwinistas para a modificação das espécies. A teoria evolutiva de Charles Darwin. Teoria sintética da evolução. Seleção artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e sobre populações humanas.
Qualidade de vida das populações humanas – Aspectos biológicos da pobreza e do desenvolvimento humano. Indicadores sociais, ambientais e econômicos. Índice de desenvolvimento humano. Principais doenças que afetam a população brasileira: caracterização, prevenção e profilaxia. Noções de primeiros socorros. Doenças sexualmente transmissíveis. Aspectos sociais da biologia: uso indevido de drogas; gravidez na adolescência; obesidade. Violência e segurança pública. Exercícios físicos e vida saudável. Aspectos biológicos do desenvolvimento sustentável. Legislação e cidadania.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Estudando Citologia Para o Enem: Núcleo Celular

Posted: 26 Jun 2015 12:13 PM PDT
Como visto anteriormente em nosso primeiro artigo desta série sobre Citologia, temos que a célula animal é composta por membrana celular (ou plasmática), núcleo e citoplasma. Neste artigo iremos nos debruçar sobre as funções do núcleo celular.
Esta parte da célula é responsável por coordenar as funções celulares, atuando como um centro de controle. O número de núcleos por célula pode variar de acordo com o reino animal que estudamos. No entanto, a maior parte das células humanas possui um núcleo apenas, sendo denominada de mononucleada. Duas exceções interessantes são as células musculares estriadas, que são multinucleadas, e as hemácias, que são anucleadas (sem núcleo).
A parede celular que a delimita do citoplasma é denominada carioteca, um envoltório de constituição semelhante à membrana celular, ou seja, formado por lipídeos e proteínas. A carioteca é uma membrana dupla porosa, com capacidade de trocar materiais com o citoplasma. Devemos lembrar que os seres vivos que possuem carioteca são denominados eucariontes, enquanto que aqueles que não a possuem, procariontes. Além de ser permeável, a carioteca está ligada ao retículo endoplasmático rugoso, responsável pelo transporte e síntese de proteínas.
Já no interior do núcleo há o nucleoplasma ou cariolinfa, espécie de gel formado por proteínas e água, responsável por abrigar os filamentos de cromatina. Estes filamentos contêm grandes moléculas de DNA com proteínas associadas (histonas). Alguns desses trechos de filamento produzem enorme quantidade de RNA ribossômico – sendo RNA a sigla em inglês para ácido ribonucleico –, contribuindo para a formação do nucléolo. Esta estrutura consiste em uma pequena esfera não membranosa formada por um aglomerado de RNA ribossômico, DNA e proteínas, visível apenas quando a célula não está em processo de divisão. O RNA produzido no nucléolo, em determinadas regiões da cromatina, será um dos principais componentes formadores dos ribossomos, estrutura presente no citoplasma que será abordada num próximo artigo.
Gostou da nossa série de artigos? Então não percam a continuação dela, na qual terminaremos de explicar as estruturas importantes para o funcionamento da célula animal.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Anote na agenda!

Anote na agenda!

Dezembro:
1 - Dia Mundial da Luta Contra a AIDS
 
 
 
 

 3 - Dia Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiência
 
 
 

 5 - Dia Internacional do Voluntário
 
 
 

 10 - Dia dos Direitos Humanos
 
 
 

 13 - Dia Nacional do Cego
 
 

 22 - Dia da Consciência Ecológica
 
 
 
 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dia da Consciencia Negra



Zumbi dos Palmares

“A cada novo 20 de novembro, Zumbi se espraia, amplia o seu território na consciência nacional, empurra para os subterrâneos da história seus algozes, que foram travestidos de heróis"
Sueli Carneiro

Quando tudo aconteceu...

1600: Negros fugidos ao trabalho escravo nos engenhos de açúcar de Pernambuco, fundam na serra da Barriga o quilombo de Palmares; a população não pára de aumentar, chegarão a ser 30 mil; para os escravos, Palmares é a Terra da Promissão. - 1630: Os holandeses invadem o Nordeste brasileiro. - 1644: Tal como antes falharam os portugueses, os holandeses falham a tentativa de aniquilar o quilombo de Palmares. - 1654: Os portugueses expulsam os holandeses do Nordeste brasileiro. - 1655: Nasce Zumbi, num dos mocambos de Palmares - 1662 (?): Criança ainda, Zumbi é aprisionado por soldados e dado ao padre António Melo; será baptizado com o nome de Francisco, irá ajudar à missa e estudar português e latim. - 1670: Zumbi foge, regressa a Palmares. - 1675: Na luta contra os soldados portugueses comandados pelo Sargento-mor Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar. - 1678: A Pedro de Almeida, Governador da capitania de Pernambuco, mais interessa a submissão do que a destruição de Palmares; ao chefe Ganga Zumba propõe a paz e a alforria para todos os quilombolas; Ganga Zumba aceita; Zumbi é contra, não admite que uns negros sejam libertos e outros continuem escravos. - 1680: Zumbi impera em Palmares e comanda a resistência contra as tropas portuguesas. - 1694: Apoiados pela artilharia, Domingos Jorge Velho e Vieira de Mello comandam o ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares; embora ferido, Zumbi consegue fugir. - 1695, 20 de Novembro: Denunciado por um antigo companheiro, Zumbi é localizado, preso e degolado.
Fernando Correia da Silva

Dia da Consciência Negra

 
Em 20 de novembro comemora-se no Brasil o Dia da Consciência Negra. Mas você sabe o motivo de escolha dessa data?
Foi nesse dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi dos Palmares. Este foi a liderança mais conhecida do chamado Quilombo dos Palmares, que se localizava na Serra da Barriga, atual estado de Alagoas. A fama e o símbolo de resistência e força contra a escravidão mostrado pelos palmarinos fizeram com que a data da morte de Zumbi fosse escolhida pelo movimento negro brasileiro para representar o Dia da Consciência Negra. A data foi estabelecida pela Lei 12.519/2011.
Outro motivo para a escolha dessa data foi o fato de que no Brasil o fim da escravidão é comemorado em 13 de maio. Nesse dia, no ano de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea que abolia a escravidão no Brasil. Porém, comemorar o fim da escravidão em uma data em que uma pessoa branca e pertencente à família real portuguesa, a principal responsável pela escravidão no Brasil, assinou uma lei pondo fim ao cativeiro faz parecer que a abolição foi feita pelos próprios escravistas. Faz com que a abolição fosse apresentada como um favor dos brancos aos negros.
A escolha do dia 20 de novembro serviu, dessa forma, para manter viva a lembrança de que o fim da escravidão foi conseguido pelos próprios escravos, que em nenhum momento durante o período colonial e imperial deixaram de lutar contra a escravidão.
Os quilombos não deixaram de existir quando Palmares foi destruído sob o comando do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho. Vários outros quilombos foram formados nos duzentos anos após o fim de Palmares.
Mesmo nos anos finais da escravidão a ocorrência de fugas em massa de escravos das fazendas, a ocupação de terras e a realização de rebeliões foram muito importantes para que a Lei Áurea fosse assinada.
O fim da abolição não representou também o fim dos problemas sociais para os escravos libertados. O racismo e a resistência à inclusão dos negros na sociedade brasileira após a abolição foram também um motivo para se escolher o 20 de novembro como data para se lembrar dessa situação.
A resistência dos afrodescendentes não se fez apenas no confronto direto contra os senhores e forças militares, ela também ocorreu no aspecto religioso e cultural, como no candomblé, na capoeira e na música. Relembrar essas características culturais é uma forma de mostrar a importância dos africanos escravizados e de seus descendentes na formação social do Brasil.
São esses alguns dos objetivos da comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra em 20 de novembro.
* Crédito da Imagem: http://agenciabrasil.ebc.com.br/.

Dia da consciencia negra

Apresentação

“A luta pela liberdade dos negros brasileiros jamais cessou. Em 1971, um significativo capítulo de nossa história vinha à tona pela ação de homens e mulheres do Grupo Palmares. Lá do Rio Grande do Sul era revelada a data do assassinato de Zumbi, um dos ícones da República de Palmares. Passados sete anos, ativistas negros reunidos em congresso do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial cunharam o 20 de novembro como Dia da Consciência Negra. Em 1978, era dado o passo que tornaria Zumbi dos Palmares um herói nacional, vinculado diretamente à resistência do povo negro.
Herdamos os propósitos de Luiza Mahin, Ganga Zumba e legiões de homens e mulheres negras que se rebelaram a um sistema de opressão. Lançaram mão de suas vidas a se conformarem com a prisão física e de pensamento. Contrapuseram-se ante às tentativas de aniquilamento de seus valores africanos e contribuíram com seus saberes para a fundação e o progresso do Brasil.
Orgulhosamente, exaltamos nossa origem africana e referendamos a unidade de luta pela liberdade de informação, manifestação religiosa e cultural. Buscamos maior participação e cidadania para os afro-brasileiros e nos associamos a outros grupos para dizer não ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial.
Que este 20 de Novembro, assim como todos os outros, seja de muita festividade, alegria e renove nossas energias para continuarmos nossa trajetória para conquista de direitos e igualdade de oportunidades. Estejamos todos, homens e mulheres negras, irmanados nesta caminhada pela liberdade e pela consciência da riqueza da diversidade racial!”
Matilde Ribeiro
Ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial