quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Biologia no Enem: Relações Ecológicas Intraespecíficas

Há várias formas dos seres se relacionarem na natureza. Os seres podem ser divididos por espécies e, dessa forma, podemos dividir suas relações em interespecíficas (entre espécies diferentes) ou intraespecíficas (entre mesmas espécies).
Hoje veremos as relações intraespecíficas encontradas na natureza, conteúdo de biologia cobrado no Enem. Elas podem ser harmônicas (quando os dois indivíduos se beneficiam ou um se beneficia e o outro se mantém neutro) ou desarmônicas (quando pelo menos um indivíduo é prejudicado).

Relações Harmônicas

Colônia

Na colônia, os organismos ficam anatomicamente (fisicamente) juntos, podendo haver divisão de tarefas / funções. Todos eles levam vantagem, já que se beneficiam mutuamente do trabalho alheio. É o caso, por exemplo, de um recife de coral. Milhões de pequenos seres, conhecidos como pólipos, secretam um esqueleto rígido à sua volta e não são capazes de viver isoladamente.

Sociedade

Na sociedade, há divisão de trabalho de forma que os seres mutuamente se cooperam. A diferença entre a sociedade e a colônia é que, na sociedade, os indivíduos não ficam anatomicamente juntos, podendo, assim, mudar de grupo social. É o caso das abelhas, formigas e de nós, seres humanos.

Relações Desarmônicas

Competição

A competição intraespecífica ocorre por falta de recursos no ecossistema (como parceiro reprodutivo, alimento, água etc.) entre os indivíduos da mesma espécie. Nesses casos, os menos aptos a conseguirem determinado recurso sofrem prejuízo. Existe também a competição interespecífica, que veremos em um próximo artigo.

Canibalismo

O canibalismo ocorre quando um indivíduo se alimenta de outro da mesma espécie, ocorrendo, obviamente, a morte do segundo. O caso mais comentado é o da viúva-negra que, após o acasalamento, arrancam e comem a cabeça do macho.

Biologia no Enem: Relações Ecológicas Interespecíficas

Os seres vivos atuam na natureza de maneira não isolada, por isso, precisamos estudar as relações entre eles. Uma das formas de classificar os seres vivos é através da especiação, ou seja, a qual espécie cada ser pertence. Dessa forma, as relações ecológicas podem ser divididas em intraespecíficas (aquelas entre seres da mesma espécie) e interespecíficas (entre espécies diferentes). Recentemente, explicamos as relações intraespecíficas. Se você ainda não viu, pode acessar a matéria aqui.
Da mesma forma que as relações intraespecíficas, as relações interespecíficas também se dividem em harmônicas (pelo menos um ser recebe vantagem biológica e nenhum se prejudica) ou desarmônicas (pelo menos um ser se prejudica). Vejamos quais são elas:

Relações Interespecíficas Harmônicas

Protocooperação

A protocooperação é a cooperação de uma espécie para a outra. O importante a se destacar é que ambas as espécies não necessitam dessa interação para sobreviver, mas a existência da relação traz benefícios a elas. Isso pode ficar mais claro com o exemplo. Alguns jacarés e crocodilos, enquanto dormem, permitem que certas aves e peixes se alimentem de restos de alimentos e sanguessugas em sua boca.

Mutualismo

O mutualismo é semelhante à protocooperação, havendo relação benéfica a partir da cooperação entre duas espécies. A diferença é que no mutualismo essa interação é indispensável para a sobrevivência dos seres. O exemplo mais famoso de mutualismo é dos líquens que são associação entre algas e fungos. As algas realizam fotossíntese e com isso produzem matéria orgânica, enquanto os fungos são responsáveis por absorver água e nutrientes.

Inquilinismo

O inquilinismo é o caso, por exemplo, das orquídeas que se abrigam nos troncos de árvores para conseguirem receber maior incidência solar, sem que as árvores tenham prejuízo nessa interação. Em suma, é a relação onde um ser vive dentro ou sobre um outro ser.

Comensalismo

Assim como no inquilinismo, no comensalismo uma espécie é beneficiada enquanto a outra não se afeta. Como o nome sugere, o comensalismo é uma interação alimentar. Por exemplo, quando tubarões se alimentam, restos alimentares caem. Peixes menores podem acompanhar o nado do tubarão, se alimentando desses restos.

Relações Interespecíficas Desarmônicas

Competição

A competição existe tanto entre indivíduos da mesma espécie quanto de espécies diferentes e constitui a mesma interação. É a competição (alimentar, territorial, sexual etc) entre os seres que vivem no mesmo ambiente, principalmente em situação de falta de recursos na natureza.

Predatismo

Semelhante ao canibalismo (intraespecífico), o predatismo é quando um ser mata o outro para se alimentar, havendo uma relação de predador-presa.

Herbivoria

Semelhante ao predatismo, porém quando é um animal herbívoro matando partes vivas de uma planta para se alimentar.

Parasitismo

Semelhante ao inquilinismo, no parasitismo uma espécie se associa a outra. A diferença é que a relação do parasitismo é desarmônica por ser prejudicial ao hospedeiro, uma vez que o inquilino se alimenta “às custas” do hospedeiro. É o que acontece quando um ser humano está com vermes.

Amensalismo

Acontece quando uma espécie inibe o crescimento ou reprodução da outra, sem, com isso, ter alguma vantagem biológica. É o caso, por exemplo, de alguns fungos que produzem e liberam no ambiente substâncias antibióticas, que inibem o crescimento de bactérias.

Estudando Citologia Para o Enem: Introdução

Nesta nova série de artigos iremos revisar alguns conteúdos importantes para o caderno de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Seguindo a divisão clássica da Biologia em áreas específicas, focaremos essa série na parte de Citologia, a qual trata do estudo das células e seus componentes.
Para iniciar nossa revisão, iremos fazer uma gradação, a qual deverá partir do nível macroscópico e chegar ao microscópico. Como os seres vivos apresentam complexa organização, podemos usar nosso corpo de forma a entendê-la melhor: somos formados por diversos sistemas (nervoso e urinário, por exemplo), os quais são constituídos por alguns órgãos (cérebro e bexiga, seguindo o exemplo). Por sua vez, esses órgãos são formados por camadas de células, denominadas de tecido. Um mesmo órgão pode ter mais de um tipo de tecido. Formadoras dos tecidos, as células animais são formadas por estruturas ainda menores: a membrana, o núcleo e o citoplasma. Dentro dessas estruturas há mais uma divisão: os componentes que desempenham funções especializadas, a exemplo a mitocôndria e complexo de Golgi. Para finalizar nossa gradação, podemos dizer que a mitocôndria é formada por moléculas de DNA, as quais são formadas por átomos de elementos específicos.
Utilizando-se o conceito de célula, é possível na Citologia classificar os organismos a partir do número de células que os formam: há organismos unicelulares, os quais consistem em apenas uma célula; os pluricelulares, formados por muitas (de milhares a bilhões) células; e, por fim, os acelulares, grupo representado pelos vírus, que não apresentam organização celular.
Para iniciarmos o estudo da célula animal, veremos as funções da membrana celular (ou membrana plasmática). Primeiramente, esta membrana separa o meio externo de tudo aquilo que compõe a célula, ou seja, o meio intracelular. Sendo formada principalmente por lipídeos e proteínas, esta parte de célula possui permeabilidade seletiva, permitindo a entrada e saída de determinadas substâncias, porém barrando o fluxo de alguns materiais. A partir dessa função ocorrem as interações com outras células e algumas atividades enzimáticas.
Não percam em nosso próximo artigo as outras estruturas importantes para o entendimento do funcionamento da célula animal.

Estudando Citologia Para o Enem: Núcleo Celular

Como visto anteriormente em nosso primeiro artigo desta série sobre Citologia, temos que a célula animal é composta por membrana celular (ou plasmática), núcleo e citoplasma. Neste artigo iremos nos debruçar sobre as funções do núcleo celular.
Esta parte da célula é responsável por coordenar as funções celulares, atuando como um centro de controle. O número de núcleos por célula pode variar de acordo com o reino animal que estudamos. No entanto, a maior parte das células humanas possui um núcleo apenas, sendo denominada de mononucleada. Duas exceções interessantes são as células musculares estriadas, que são multinucleadas, e as hemácias, que são anucleadas (sem núcleo).
A parede celular que a delimita do citoplasma é denominada carioteca, um envoltório de constituição semelhante à membrana celular, ou seja, formado por lipídeos e proteínas. A carioteca é uma membrana dupla porosa, com capacidade de trocar materiais com o citoplasma. Devemos lembrar que os seres vivos que possuem carioteca são denominados eucariontes, enquanto que aqueles que não a possuem, procariontes. Além de ser permeável, a carioteca está ligada ao retículo endoplasmático rugoso, responsável pelo transporte e síntese de proteínas.
Já no interior do núcleo há o nucleoplasma ou cariolinfa, espécie de gel formado por proteínas e água, responsável por abrigar os filamentos de cromatina. Estes filamentos contêm grandes moléculas de DNA com proteínas associadas (histonas). Alguns desses trechos de filamento produzem enorme quantidade de RNA ribossômico – sendo RNA a sigla em inglês para ácido ribonucleico –, contribuindo para a formação do nucléolo. Esta estrutura consiste em uma pequena esfera não membranosa formada por um aglomerado de RNA ribossômico, DNA e proteínas, visível apenas quando a célula não está em processo de divisão. O RNA produzido no nucléolo, em determinadas regiões da cromatina, será um dos principais componentes formadores dos ribossomos, estrutura presente no citoplasma que será abordada num próximo artigo.
Gostou da nossa série de artigos? Então não percam a continuação dela, na qual terminaremos de explicar as estruturas importantes para o funcionamento da célula animal.

Chuva Ácida – Assunto Muito Cobrado no Enem

No caderno de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias no ENEM são cobradas questões de biologia, química e física. E um conteúdo bastante em alta por ser interdisciplinar é a chuva ácida. Analisaremos aqui suas causas e consequências.
A chuva ácida é uma precipitação de água da atmosfera, da mesma forma que uma chuva normal, porém com pH abaixo de 5,5. Na química, a acidez diz respeito a um pH abaixo de 7, sendo que toda chuva é assim classificada por causa da presença do ácido carbônico. A acidez abaixo de 5,5 ocorre pela produção de ácidos fortes através da hidrólise de gases e partículas ricas em enxofre e azoto reativo. Esses gases são gerados pela queima de combustíveis fósseis e pela oxidação de impurezas sulfurosas contidas em carvão e petróleo.
Para entender melhor a precipitação e o que ela afeta, observe abaixo uma ilustração do ciclo de água.

chuva ácida

Como visto, a água da chuva é formada da evaporação de água da superfície terrestre para a superfície atmosférica e, com isso, a água se mistura com outros gases, formando o excesso de acidez explicado acima.
Quando a água ácida precipita (fenômeno da chuva), ela atinge diversos territórios, causando graves problemas ambientais em todo biossistema.
Em lagos e rios, o pH da água é geralmente em torno de 6,5 e quando entra em contato com pH inferior, desestabiliza o sistema causando a morte de vários seres vivos ali presentes. No solo, a acidificação torna a terra improdutiva e mais propensa à erosão, sendo a causa de desmatamentos e destruição da flora. Nos seres humanos, o acúmulo de dióxido de enxofre causa problemas pulmonares, podendo levar à morte.
chavaacidaOutro problema causado pela chuva ácida é a corrosão de pedra, metal ou tinta, presente nas construções, estátuas e monumentos. Nesse aspecto, vale ressaltar que praticamente todos os materiais se degradam gradualmente quando expostos à chuva e ao vento. Entretanto, a chuva ácida acelera (e muito!) esse processo.
Para evitar a chuva ácida, é importante investir em fontes de energia renováveis e tratamento dos gases industriais. No dia-a-dia, economizar energia é uma ação simples que ajuda a amenizar o problema.
Como deve ter percebido, a chuva ácida pode ser cobrada de vária maneiras no Enem, inclusive na redação.  Portanto, fique atento e não deixe de ir para a prova sem saber todos os detalhes desse problema ambiental.

Biologia no Enem

Moléculas, células e tecidos – Estrutura e fisiologia celular: membrana, citoplasma e núcleo. Divisão celular. Aspectos bioquímicos das estruturas celulares. Aspectos gerais do metabolismo celular. Metabolismo energético: fotossíntese e respiração. Codificação da informação genética. Síntese protéica. Diferenciação celular. Principais tecidos animais e vegetais. Origem e evolução das células. Noções sobre células-tronco, clonagem e tecnologia do DNA recombinante. Aplicações de biotecnologia na produção de alimentos, fármacos e componentes biológicos. Aplicações de tecnologias relacionadas ao DNA a investigações científicas, determinação da paternidade, investigação criminal e identificação de indivíduos. Aspectos éticos relacionados ao desenvolvimento biotecnológico. Biotecnologia e sustentabilidade.
Hereditariedade e diversidade da vida – Princípios básicos que regem a transmissão de características hereditárias. Concepções pré-mendelianas sobre a hereditariedade. Aspectos genéticos do funcionamento do corpo humano. Antígenos e anticorpos. Grupos sangüíneos, transplantes e doenças auto-imunes. Neoplasias e a influência de fatores ambientais. Mutações gênicas e cromossômicas. Aconselhamento genético. Fundamentos genéticos da evolução. Aspectos genéticos da formação e manutenção da diversidade biológica.
Identidade dos seres vivos – Níveis de organização dos seres vivos. Vírus, procariontes e eucariontes. Autótrofos e heterótrofos. Seres unicelulares e pluricelulares. Sistemática e as grandes linhas da evolução dos seres vivos. Tipos de ciclo de vida. Evolução e padrões anatômicos e fisiológicos observados nos seres vivos. Funções vitais dos seres vivos e sua relação com a adaptação desses organismos a diferentes ambientes. Embriologia, anatomia e fisiologia humana. Evolução humana. Biotecnologia e sistemática.
Ecologia e ciências ambientais – Ecossistemas. Fatores bióticos e abióticos. Habitat e nicho ecológico. A comunidade biológica: teia alimentar, sucessão e comunidade clímax. Dinâmica de populações. Interações entre os seres vivos. Ciclos biogeoquímicos. Fluxo de energia no ecossistema. Biogeografia. Biomas brasileiros. Exploração e uso de recursos naturais. Problemas ambientais: mudanças climáticas, efeito estufa; desmatamento; erosão; poluição da água, do solo e do ar. Conservação e recuperação de ecossistemas. Conservação da biodiversidade. Tecnologias ambientais. Noções de saneamento básico. Noções de legislação ambiental: água, florestas, unidades de conservação; biodiversidade.
Origem e evolução da vida – A biologia como ciência: história, métodos, técnicas e experimentação. Hipóteses sobre a origem do Universo, da Terra e dos seres vivos. Teorias de evolução. Explicações pré-darwinistas para a modificação das espécies. A teoria evolutiva de Charles Darwin. Teoria sintética da evolução. Seleção artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e sobre populações humanas.
Qualidade de vida das populações humanas – Aspectos biológicos da pobreza e do desenvolvimento humano. Indicadores sociais, ambientais e econômicos. Índice de desenvolvimento humano. Principais doenças que afetam a população brasileira: caracterização, prevenção e profilaxia. Noções de primeiros socorros. Doenças sexualmente transmissíveis. Aspectos sociais da biologia: uso indevido de drogas; gravidez na adolescência; obesidade. Violência e segurança pública. Exercícios físicos e vida saudável. Aspectos biológicos do desenvolvimento sustentável. Legislação e cidadania.