quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Dicas para Interpretação de Gráficos no Enem

Se você já fez questões do Enem, já deve ter percebido que gráficos, infográficos, charges, tabelas e figuras são muito usados nos enunciados das questões. Hoje estudaremos algumas técnicas que ajudam na interpretação dos gráficos, já que essa é uma habilidade que confunde muitos estudantes.
Ao se deparar com um gráfico, o primeiro cuidado a se ter é observar seus elementos básicos, que são:
  • Título: frase curta que sintetiza o assunto do gráfico;

  • Subtítulo: utilizado para explicar o assunto e, geralmente, alguma variável do gráfico;

  • Fonte: identifica a instituição responsável pelos dados apresentados no gráfico. Também pode conter local e data de publicação.
Após identificar os elementos acima, é importante reconhecer as variáveis e unidades de medida, quando houver, em cada eixo do gráfico, o horizontal e o vertical. Vejamos um exemplo:

dados ibge

No caso do gráfico acima, identifiquemos primeiramente os elementos principais:
  • Título: Doenças que mais atingem os idosos

  • Subtítulo: Mais da metade das pessoas com mais de 60 anos tem pressão alta

  • Fonte e data: IBGE 2008.
Agora vamos analisar os eixos e as variáveis representadas neles:
  • Eixo horizontal: Apresenta as doenças. Ex: hipertensão, doença de coluna etc.

  • Eixo vertical: Apresenta a porcentagem de idosos com cada doença. Ex: 0%, 10% etc.
Para identificar o valor de cada doença, é necessário “cruzar” as informações contidas em cada eixo. Por exemplo: doença de coluna atinge aproximadamente 35% dos idosos enquanto asma ou bronquite atinge 5%.
Por último, vamos reconhecer os principais tipos de gráficos existentes:
  • Gráfico em barras: é o caso do gráfico utilizado no exemplo acima.

  • Gráfico em linha: geralmente é utilizado para representar a variação de uma ou mais grandezas em função do tempo.
    grafico linha


  • Gráfico em setores (Gráfico pizza): construído em forma circular, cada ângulo do setor corresponde ao valor de uma variável, podendo apresentar porcentagens ao invés do valor bruto.
    grafico pizza

Siga os passos apresentados aqui para facilitar o entendimento dos gráficos. Atente-se também para relacionar os dados interpretados com o enunciado da questão. Lembre-se que você pode treinar essas dicas resolvendo as questões das edições anteriores do Enem. Para ajudar, utilize nossas Apostilas Preparatórias para o Enem, que contêm mais de mil questões resolvidas e comentadas por professores especialistas no exame!

Estudando Energia para o Enem – Fontes energéticas

A interdisciplinaridade no Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio é uma prova bastante interdisciplinar. Para comprovar isso, podemos começar analisando a forma de divisão da prova. Repare que os cadernos de prova não são divididos da mesma forma que as disciplinas do Ensino Médio, por exemplo, geografia, história, física, biologia, etc. Essas disciplinas se relacionam em quatro grandes áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza.
Pensando nisso, buscamos alguns temas que podem ser abordados de diversas formas e cobrados em questões de várias disciplinas.
Outro assunto bastante cobrado no Enem em várias áreas do conhecimento é o estudo da energia. Para iniciar uma série de dicas de estudo sobre energia, vamos ver qual são as principais fontes energéticas. Você se lembra das características de cada uma delas?

Fontes energéticas

Uma classificação muito comum a ser feita quando se trata de fonte de energia é analisar se esta é renovável ou não renovável.
As energias renováveis são aquelas cujas fontes não se esgotam ao longo do tempo. Por exemplo, a energia solar, que tem como fonte o calor do Sol, que é algo que não se acaba. Todos esperamos que o Sol não vá deixar de existir de um dia para o outro, certo? Nem mesmo em dias chuvosos!
Por isso, não confunda: a fonte de energia deve ser inesgotável, mesmo que ela seja temporal / sazonal.
Os principais tipos de energias renováveis são:

Energia Solar

Tendo como fonte a luz do sol, essa energia pode ser aproveitada como fotovoltaica (efeito fotoelétrico para produção de eletricidade) e térmica (utilização do calor do sol para aquecimento de água para uso direto ou geração de vapor d’água). É uma energia limpa mas tem elevado custo no Brasil.

Energia Eólica

Tem como fonte o vento que ativa turbinas e geradores transformando energia mecânica em elétrica. É também uma energia limpa mas seus equipamentos são caros e a eficiência depende da região da usina, já que há lugares que os ventos são mais fortes.

Energia Hidrelétrica

É utilizada a água dos rios para movimentação de turbinas, transformando energia mecânica em elétrica. Bastante utilizada no Brasil por ser uma região ampla e com bastante recurso hídrico. Sua aplicação causa alguns impactos ambientais e sociais por causa do alagamento da região da usina, por isso deve ser bem planejada.

Biomassa

Essa produção de energia consiste na queima de materiais orgânicos, como bagaço de cana, lenha e outros resíduos. Durante a combustão, há liberação de gás carbônico, porém, este é utilizado pela própria vegetação para a fotossíntese. Por isso, caso tenha um controle dessa produção, ela pode ser considerada uma energia limpa.
As energias não renováveis são aquelas cujos recursos são limitados. Um exemplo é a termoelétrica que tem como fonte de energia a queima de combustíveis fósseis. Se o recurso se esgota, não há mais como produzir energia daquela forma.
Quanto às energias não renováveis, podemos separar da seguinte forma:

Combustíveis fósseis

Aqui ficam inclusos o petróleo, o gás natural, o carvão mineral, o xisto, etc. Essa fonte de energia é responsável por aproximadamente 80% da matriz energética do mundo. Por isso, é a principal fonte de energia em questão de importância econômica e política. Apesar de ser mais lucrativa, a queima desses combustíveis fósseis é muito poluente e responsável por grande parte do efeito estufa e aquecimento global.

Energia nuclear

O principal material utilizado para produção de energia nuclear é o urânio-235, que é um elemento radioativo. A fissão nuclear desse elemento é causada em reatores nucleares, havendo liberação de grande quantidade de energia. As usinas nucleares não são poluentes e a eficiência dessa produção é alta. Porém, seu uso deve ser muito controlado já que, em caso de acidente, o impacto é muito grande por ser um elemento radioativo.
Conhecendo as principais fontes de energia, vamos aplicar esse conhecimento em diversas áreas (química, física, geografia, história) e analisar como o Enem trata esses assuntos em suas questões. Continue nos acompanhando para não perder a continuação dessa série especial sobre Energia no Enem.

Biologia no Enem: Relações Ecológicas Intraespecíficas

Há várias formas dos seres se relacionarem na natureza. Os seres podem ser divididos por espécies e, dessa forma, podemos dividir suas relações em interespecíficas (entre espécies diferentes) ou intraespecíficas (entre mesmas espécies).
Hoje veremos as relações intraespecíficas encontradas na natureza, conteúdo de biologia cobrado no Enem. Elas podem ser harmônicas (quando os dois indivíduos se beneficiam ou um se beneficia e o outro se mantém neutro) ou desarmônicas (quando pelo menos um indivíduo é prejudicado).

Relações Harmônicas

Colônia

Na colônia, os organismos ficam anatomicamente (fisicamente) juntos, podendo haver divisão de tarefas / funções. Todos eles levam vantagem, já que se beneficiam mutuamente do trabalho alheio. É o caso, por exemplo, de um recife de coral. Milhões de pequenos seres, conhecidos como pólipos, secretam um esqueleto rígido à sua volta e não são capazes de viver isoladamente.

Sociedade

Na sociedade, há divisão de trabalho de forma que os seres mutuamente se cooperam. A diferença entre a sociedade e a colônia é que, na sociedade, os indivíduos não ficam anatomicamente juntos, podendo, assim, mudar de grupo social. É o caso das abelhas, formigas e de nós, seres humanos.

Relações Desarmônicas

Competição

A competição intraespecífica ocorre por falta de recursos no ecossistema (como parceiro reprodutivo, alimento, água etc.) entre os indivíduos da mesma espécie. Nesses casos, os menos aptos a conseguirem determinado recurso sofrem prejuízo. Existe também a competição interespecífica, que veremos em um próximo artigo.

Canibalismo

O canibalismo ocorre quando um indivíduo se alimenta de outro da mesma espécie, ocorrendo, obviamente, a morte do segundo. O caso mais comentado é o da viúva-negra que, após o acasalamento, arrancam e comem a cabeça do macho.

Biologia no Enem: Relações Ecológicas Interespecíficas

Os seres vivos atuam na natureza de maneira não isolada, por isso, precisamos estudar as relações entre eles. Uma das formas de classificar os seres vivos é através da especiação, ou seja, a qual espécie cada ser pertence. Dessa forma, as relações ecológicas podem ser divididas em intraespecíficas (aquelas entre seres da mesma espécie) e interespecíficas (entre espécies diferentes). Recentemente, explicamos as relações intraespecíficas. Se você ainda não viu, pode acessar a matéria aqui.
Da mesma forma que as relações intraespecíficas, as relações interespecíficas também se dividem em harmônicas (pelo menos um ser recebe vantagem biológica e nenhum se prejudica) ou desarmônicas (pelo menos um ser se prejudica). Vejamos quais são elas:

Relações Interespecíficas Harmônicas

Protocooperação

A protocooperação é a cooperação de uma espécie para a outra. O importante a se destacar é que ambas as espécies não necessitam dessa interação para sobreviver, mas a existência da relação traz benefícios a elas. Isso pode ficar mais claro com o exemplo. Alguns jacarés e crocodilos, enquanto dormem, permitem que certas aves e peixes se alimentem de restos de alimentos e sanguessugas em sua boca.

Mutualismo

O mutualismo é semelhante à protocooperação, havendo relação benéfica a partir da cooperação entre duas espécies. A diferença é que no mutualismo essa interação é indispensável para a sobrevivência dos seres. O exemplo mais famoso de mutualismo é dos líquens que são associação entre algas e fungos. As algas realizam fotossíntese e com isso produzem matéria orgânica, enquanto os fungos são responsáveis por absorver água e nutrientes.

Inquilinismo

O inquilinismo é o caso, por exemplo, das orquídeas que se abrigam nos troncos de árvores para conseguirem receber maior incidência solar, sem que as árvores tenham prejuízo nessa interação. Em suma, é a relação onde um ser vive dentro ou sobre um outro ser.

Comensalismo

Assim como no inquilinismo, no comensalismo uma espécie é beneficiada enquanto a outra não se afeta. Como o nome sugere, o comensalismo é uma interação alimentar. Por exemplo, quando tubarões se alimentam, restos alimentares caem. Peixes menores podem acompanhar o nado do tubarão, se alimentando desses restos.

Relações Interespecíficas Desarmônicas

Competição

A competição existe tanto entre indivíduos da mesma espécie quanto de espécies diferentes e constitui a mesma interação. É a competição (alimentar, territorial, sexual etc) entre os seres que vivem no mesmo ambiente, principalmente em situação de falta de recursos na natureza.

Predatismo

Semelhante ao canibalismo (intraespecífico), o predatismo é quando um ser mata o outro para se alimentar, havendo uma relação de predador-presa.

Herbivoria

Semelhante ao predatismo, porém quando é um animal herbívoro matando partes vivas de uma planta para se alimentar.

Parasitismo

Semelhante ao inquilinismo, no parasitismo uma espécie se associa a outra. A diferença é que a relação do parasitismo é desarmônica por ser prejudicial ao hospedeiro, uma vez que o inquilino se alimenta “às custas” do hospedeiro. É o que acontece quando um ser humano está com vermes.

Amensalismo

Acontece quando uma espécie inibe o crescimento ou reprodução da outra, sem, com isso, ter alguma vantagem biológica. É o caso, por exemplo, de alguns fungos que produzem e liberam no ambiente substâncias antibióticas, que inibem o crescimento de bactérias.

Estudando Citologia Para o Enem: Introdução

Nesta nova série de artigos iremos revisar alguns conteúdos importantes para o caderno de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Seguindo a divisão clássica da Biologia em áreas específicas, focaremos essa série na parte de Citologia, a qual trata do estudo das células e seus componentes.
Para iniciar nossa revisão, iremos fazer uma gradação, a qual deverá partir do nível macroscópico e chegar ao microscópico. Como os seres vivos apresentam complexa organização, podemos usar nosso corpo de forma a entendê-la melhor: somos formados por diversos sistemas (nervoso e urinário, por exemplo), os quais são constituídos por alguns órgãos (cérebro e bexiga, seguindo o exemplo). Por sua vez, esses órgãos são formados por camadas de células, denominadas de tecido. Um mesmo órgão pode ter mais de um tipo de tecido. Formadoras dos tecidos, as células animais são formadas por estruturas ainda menores: a membrana, o núcleo e o citoplasma. Dentro dessas estruturas há mais uma divisão: os componentes que desempenham funções especializadas, a exemplo a mitocôndria e complexo de Golgi. Para finalizar nossa gradação, podemos dizer que a mitocôndria é formada por moléculas de DNA, as quais são formadas por átomos de elementos específicos.
Utilizando-se o conceito de célula, é possível na Citologia classificar os organismos a partir do número de células que os formam: há organismos unicelulares, os quais consistem em apenas uma célula; os pluricelulares, formados por muitas (de milhares a bilhões) células; e, por fim, os acelulares, grupo representado pelos vírus, que não apresentam organização celular.
Para iniciarmos o estudo da célula animal, veremos as funções da membrana celular (ou membrana plasmática). Primeiramente, esta membrana separa o meio externo de tudo aquilo que compõe a célula, ou seja, o meio intracelular. Sendo formada principalmente por lipídeos e proteínas, esta parte de célula possui permeabilidade seletiva, permitindo a entrada e saída de determinadas substâncias, porém barrando o fluxo de alguns materiais. A partir dessa função ocorrem as interações com outras células e algumas atividades enzimáticas.
Não percam em nosso próximo artigo as outras estruturas importantes para o entendimento do funcionamento da célula animal.

Estudando Citologia Para o Enem: Núcleo Celular

Como visto anteriormente em nosso primeiro artigo desta série sobre Citologia, temos que a célula animal é composta por membrana celular (ou plasmática), núcleo e citoplasma. Neste artigo iremos nos debruçar sobre as funções do núcleo celular.
Esta parte da célula é responsável por coordenar as funções celulares, atuando como um centro de controle. O número de núcleos por célula pode variar de acordo com o reino animal que estudamos. No entanto, a maior parte das células humanas possui um núcleo apenas, sendo denominada de mononucleada. Duas exceções interessantes são as células musculares estriadas, que são multinucleadas, e as hemácias, que são anucleadas (sem núcleo).
A parede celular que a delimita do citoplasma é denominada carioteca, um envoltório de constituição semelhante à membrana celular, ou seja, formado por lipídeos e proteínas. A carioteca é uma membrana dupla porosa, com capacidade de trocar materiais com o citoplasma. Devemos lembrar que os seres vivos que possuem carioteca são denominados eucariontes, enquanto que aqueles que não a possuem, procariontes. Além de ser permeável, a carioteca está ligada ao retículo endoplasmático rugoso, responsável pelo transporte e síntese de proteínas.
Já no interior do núcleo há o nucleoplasma ou cariolinfa, espécie de gel formado por proteínas e água, responsável por abrigar os filamentos de cromatina. Estes filamentos contêm grandes moléculas de DNA com proteínas associadas (histonas). Alguns desses trechos de filamento produzem enorme quantidade de RNA ribossômico – sendo RNA a sigla em inglês para ácido ribonucleico –, contribuindo para a formação do nucléolo. Esta estrutura consiste em uma pequena esfera não membranosa formada por um aglomerado de RNA ribossômico, DNA e proteínas, visível apenas quando a célula não está em processo de divisão. O RNA produzido no nucléolo, em determinadas regiões da cromatina, será um dos principais componentes formadores dos ribossomos, estrutura presente no citoplasma que será abordada num próximo artigo.
Gostou da nossa série de artigos? Então não percam a continuação dela, na qual terminaremos de explicar as estruturas importantes para o funcionamento da célula animal.